Tudo começou com o
desejo e a boa vontade de nosso querido e saudoso Padre Chico; Com sua chegada
ao Distrito, por volta de 1938, porque até então ainda era distrito, vindo a se
tornar município em 1948; Com o intuito de cuidar de menores abandonados e
conseguir melhoramentos para o lugar. Ele queria um local onde pudesse abrigar
e educar jovens órfãos. Por volta de 1940, Com o terreno e materiais fornecidos
pelos grandes fazendeiros da região, Padre Chico iniciou a construção do PATRONATO.
Uma obra grandiosa a qual se dedicou até o fim de sua vida. Em 1947, com as instalações parcialmente
concluídas aconteceu a inauguração do Instituto Agro Industrial. A edificação mais duradoura da história da
cidade.
Durante muito tempo
serviu de abrigo para muitos menores abandonados vindos, principalmente, da
cidade do Rio de Janeiro e de outros lugares. Aqui encontraram abrigo, carinho,
cuidados, vida familiar e também escola. Sendo que em 1962 passou a funcionar
também dentro do patronato uma escola primária. Mais tarde, com a morte de
Padre Chico (08/04/1965) o Patronato foi ao fim e a total inviabilização do
Instituto Profissionalizante. Enquanto herdeiros negociavam o prédio, credores
se apoderavam de algumas das instalações, como forma de recuperar os
empréstimos concedidos. A posse do edifício foi desmembrada, uma parte foi
vendida a particulares e a outra cedida ao Município e ao Estado. Desde 1962 o
Estado já mantinha os alunos que estudavam em regime de externato, então em
1966 o prédio transformou-se no INSTITUTO SÃO JOSÉ, servindo de prédio escolar
de 1ª a 4ª série para todo o Município; Assim perdurou por vários anos. Até que um dia, devido à precariedade do
prédio, ele foi interditado por motivo de segurança. Assim o tempo foi passando
e o Patronato foi sendo esquecido e se transformando em ruínas.
Mas nem assim deixou
de ser abrigo; Mesmo em péssimas condições de moradia, serviu de abrigo para
muitas famílias. Durante muitos anos, famílias inteiras tomaram parte dele, se
abrigavam e o tinham como lar;
Outra parte dele, de donos particulares foram mantidas em melhores condições, o lado da Rua Dr. José
Mesquita Netto e por volta da década de 60 foi montado um cinema:
Virou
a atração da recente cidade. Naquela época, um lugar de muito lazer e alegria;
Mas, como os anos 60 foram um período de inovação no mundo, numa época de
mudanças nos costumes com a revolução
sexual,
revoltas estudantis (maio de 1968), e conquista
da Lua a TV chegou aos mais diversos lugares
do Brasil, assim também em Campo do Meio. Daí, como era novidade, o cinema foi
deixado de lado vindo a se fechar. E depois disso nunca mais reabriu, pois até
hoje a cidade não possui cinema. Mais tarde tornou-se Loja de Móveis, a loja do
Hamilton Rocha.
Com
o tempo, a cidade começou a sofrer dificuldades econômicas, como o fechamento
da Usina Ariadnópolis nos anos 90 e tudo parecia realmente que iria acabar.
Então, em 1989, na gestão do Prefeito Clóvis de Azevedo, o prédio começou a ser
reformado com o devido cuidado de não perder seus aspectos originais.
Atualmente é um prédio
todo restaurado tombado pelo Patrimônio e faz parte da história do Município;
Boa parte dele é reservado à Prefeitura
Municipal, onde também funciona o Escritório da Área de Saúde, Epidemiologia, Telecentro,
Biblioteca, Secretaria da Educação. Tendo ainda, no lado da Rua José Miguel
Vilela a Câmara Municipal, um Mercado e o Clube “José Bernardes”. Na Rua Dr.
José Mesquita Netto, a porta de entrada da Prefeitura, Lojas e Apartamentos de
moradia. Do outro lado, antigo calçadão, Secretaria da Saúde, Igrejas
Evangélicas e Bares.
Grande legado deixado pelo Padre "Chico",Lindas fotos desse Património.
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